Eleito o melhor museu de Amsterdã e de toda a Holanda, o Rijksmuseum impera grandioso no extremo nordeste da Praça dos Museus desde 1885, num edifício em estilo neo-renascença que se assemelha à Estação Central, ambos projetados pelo famoso arquiteto holandês Petrus J.H. Cuypers, que ganhou o concurso promovido pelo governo. Curioso é observar elementos que nos remete a igrejas nas linhas em seu interior, fato que fica muito claro quando descobrimos que Cuypers possui várias igrejas em seu portfólio de construções.

Esta semelhança levantou grande discussão entre os habitantes, porque no auge do movimento protestante, o povo considerou a construção muito similar a igrejas católicas, ao ponto do Rei William e sua esposa Emma se recusarem a inaugurar o museu por acharem que ele era muito católico. Enviou sua irmã para a inauguração e o próprio rei nunca entrou no museu.

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Rijksmuseum, o melhor museu de Amsterdã

Aberto ao público em 1800 como Galeria de Arte Nacional, passou por diversas reformas e hoje está em seu momento mais glorioso. Após dez anos de uma mega renovação, abriu as portas em 2013 e exibe o que há de melhor sobre a cultura e a arte holandesa.

Como todo grande museu, é impossível explorar todas as salas em apenas uma visita. Por isso, concentre-se em algum tema específico. O museu tem roteiros preparados de acordo com o tempo disponível de visita e o tema preferido. Dividido em quatro andares, compreende o período desde a Idade Média até o século XX.

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Principais obras do Rijksmuseum, o melhor museu de Amsterdã

A obra prima do museu é a eternizada tela de Rembrandt, a Ronda Noturna. Gigantesco, o quadro está sempre cercado de visitantes, inclusive crianças comportadas sentadas ouvindo a explicação da professora, super atentos. Observe a perspectiva da obra, com mais detalhes e luz na frente, mais escuro e menos detalhes atrás; a composição da luz direcionada, como no teatro, levando o olhar do espectador; as posições naturais em oposição às poses nas pinturas tradicionais; enfim, mil detalhes que fazem de Rembrandt o gênio imortalizado.

Se a Ronda Noturna é a obra prima do Rijks, a pintura em óleo sobre tela A Leiteira de Johannes Vermeer é a menina dos olhos do museu. Aqui há diversas obras do jovem pintor que morreu no incêndio que destruiu boa parte de Delft no século XVII. Os quadros pequenos apresentam detalhes tão realistas e serenos, em ambientes silenciosos, sempre com temas do cotidiano, em linha com a filosofia calvinista de vida simples, na contramão da opulência barroca francesa e italiana.

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Deixe para ver as obras de Van Gogh no museu dedicado a ele, vizinho ao Rijks, e aproveite para explorar os outros pintores holandeses.

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Por exemplo, Saint Elizabeth’s Day Flood, é uma obra de autoria anônima pintada no fim do século XV. Retrata um fato histórico na Holanda: a enchente que assolou a cidade quando o dique arrebentou. Uma das poucas obras de tema não religioso, foi encomendada pela igreja de Dordrecht. Reza a lenda, contada sempre que havia inundação, que um bebê foi salvo da enchente porque estava dentro de um cesto junto com um gato. O felino equilibrava o cesto e, assim, impediu que este virasse e afogasse o bebê.

A província de Pernambuco está representada pela obra Brazilian Village (Vilarejo Brasileiro) por Frans Jansz Post (1675-1680) e mostra uma família indígena à frente, um escravo carregando uma cesta, e no fundo um casal holandês caminhando até a varanda da casa. No horizonte, a exuberante natureza brasileira.

Todas as obras, objetos e artigos do museu estão disponíveis online para impressão pública, revelando o desejo dos administradores para que o turista aproveite o passeio em vez de fotografar. Então aproveite e mergulhe nessa deliciosa viagem ao passado holandês.

Dicas Adri Lage para aproveitar sua visita ao Museu Rijks em Amsterdã

1. Chegue cedo para evitar filas, principalmente aos finais de semana ou férias escolares.

2. Aproveite para explorar a Praça dos Museus, e visitar o imperdível Museu Van Gogh, o Museu Stedelijk Amsterdam e a icônica Coster Diamonds.

3. A loja do Rijksmuseum tem vários souvenires lindos à venda: latas graciosas, lenços de seda com estampas das obras a 149 euros e coisinhas mais básicas como canetas, papel para presente e guardanapos. Um andar inteirinho está abarrotado de livros.

4. O café no mezanino serve guloseimas deliciosas, bebidas frias e quentes, tortas e sanduíches. Uma boa pedida para descansar depois da visita.

5. Para almoçar com estilo, o restaurante Rijks é a nova pedida na cidade. Leia mais sobre ele aqui. Localizado em uma das alas do museu, tem acesso independente. Um espaço refinado com cozinha internacional.

6. O jardim do museu rende fotos lindas, com arbustos recortados como nos palácios franceses pontilhado de flores.