Desde que um amigo piloto me contou sobre a pitoresca região de Cinque Terre, coloquei o lugar na minha lista de prioridades de viagem. Só demorou um pouquinho porque precisava ser no verão, quando os cinco vilarejos resplandecem em alegria, cor e gente de todas as nacionalidades. Fora dessa época, eles voltam a ser as tranquilas aldeias de pescadores e a maioria dos locais estão fechados.
Peguei um voo para Milão e logo segui para a estação de trem. Como a viagem até La Spezia não seria longa, imaginei que seria tranquilo fazer a viagem direto, sem uma paradinha em Milão. Quer uma recomendação? Não faça isso. Entrei no trem e quando já estava passando por Gênova, além de morta de fome, já estava só o pó de tão cansada… me arrependi de não ter descansado em Milão e partido no dia seguinte.
Quando finalmente cheguei em La Spezia, uma cidadezinha a cinco minutos de Riomaggiore, que serve de base para muitos turistas como eu que não encontram hospedagem nos vilarejos, já era noite. Comi uma bela pizza para comemorar minha chegada e logo embalei no sono profundo e descanso merecido.
Dia seguinte e já refeita, ansiosa para começar logo o passeio, porque sabia que seria tratamento intensivo. O ideal é conhecer as vilas de trem, esqueça o carro: as estações ficam no centro de cada cidadezinha.
Comecei o dia em Monterosso al Mare. O vilarejo é uma graça, o mais espalhado. Da parte nova da cidade sai o trem e é onde fica a praia de areia, porque as outras são todas de pedra.
Anda-se em direção à torre de pedra para se chegar à cidade antiga. Embaixo da ponte há uma feira com roupas, artesanato em madeira, cerâmica, legumes e frutas. Passando por ela, chega-se à parte antiga da cidade, e a uma pitoresca pracinha, atrás de uma igrejinha muito bonita, toda pintada. Ao lado tem um oratório todo trabalhado em gesso. Em volta há lojinhas, cafés e restaurantes subindo a rua principal.
Embrenhei-me num passeio delicioso pelas escadas estreitas até chegar ao Convento Dei Cappuccini no topo, que oferece uma vista linda.
Aqui foi a vila onde fiquei mais tempo. Hora de seguir em frente. Quase pego o trem p o lado errado, e o trem atrasou bastante!
De Monterosso a Vernazza é rapidinho. Os edifícios geminados de três ou quatro andares em tons pasteis parecem apoiar-se um ao outro revelando a idade que têm. As roupas penduradas nos varais à janela compõe o cenário pitoresco enquanto você passeia pelas ruas de pedestres estreitas repletas de turistas.
Vernazza tem uma igreja feita de pedras e sua pitoresca marina também serve de praia. As pessoas tomam sol nas rochas e no quebra-mar construído. Toma-se banho numa pequena área protegida por essas rochas, com água verde cristalina. Ao fundo, as colinas verdes todas desenhadas pelas plantações complementam o cenário idílico. Aqui foi onde fiquei menos tempo, uma horinha, só para dar uma volta na cidade.
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Corniglia foi uma surpresa, é longe da estação e fica no alto do penhasco. É o único vilarejo que não fica à beira-mar. Precisa escalar 365 degraus, que só de olhar, desanimei. Então olhei para o lado e vi pessoas muito mais velhas que eu cheias de energia e disposição… rapidinho me recompus!
A vista dali é linda, e rende algumas fotos de cartão-postal. Lá em cima, uma estradinha nos leva em direção ao centro histórico. Chega-se a uma praça que leva a uma linda igreja à direita, ou ao centrinho, por uma rua estreita de pedestres. No fim dessa rua, o Belvedere dá vista para o mar aberto, mas não para a cidade. Adorei passear aqui!
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Corniglia está celebrando o festival do manjericão. Você sente o aroma da erva no ar, as casas estão enfeitadas com manjericão para a competição que elege a decoração mais bonita. Também preparam receitas originais e servem um prato com manjericão a preço especial. Fiquei umas 2h aqui e achei até um sorvete artesanal delicioso de limão e frutas vermelhas.
Em Manarola, logo subi até a igreja, passando pelas casas com roupas no varal como que enfeitando as fachadas. A igreja é simples, a torre do sino tem um relógio bonito, mas o que vale mesmo é a vista, atrás da igreja, das casinhas no penhasco.
Ao me deparar com a praia, não tem praia, as pessoas pulam das pedras no mar, que são poços profundos de uma água que alterna de verde clara a escura. Paramos para almoçar na Marina Piccola por causa da vista. Ignorei o péssimo atendimento para comer o prato típico de anchovas frescas com batatas assadas olhando o mar.
Quando cheguei em Riomaggiore já era fim de tarde. Os raios do sol traziam um brilho especial às fachadas em tons pastéis das casinhas. A rua principal é repleta de restaurantes graciosos e várias lojinhas, com produtos frescos à venda nas bancadas de madeira ou em cestinhas de vime. Comprei o famoso molho pesto originário daqui e o licor Limoncino, produzido a partir dos limões cultivados nas encostas da região.
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Subi e desci a rua algumas vezes, dei a volta na cidade, passando pelas casinhas graciosas, algumas janelas abertas, outras com roupas expostas no varal, tentando registrar cada detalhe desse vilarejo encantador. Há murais bem bacanas homenageando passagens históricas da Itália. Como era fim de tarde, não pude aproveitar tanto quanto queria.
De volta à La Spezia, voltei ao mesmo restaurante, atendida pelo mesmo garçom ruivo do dia anterior, para comer outra pizza. Qual não foi minha surpresa quando meu brotinho chegou… a pizza tinha formato de coração! Os italianos não perdem nenhuma oportunidade de galantear uma mulher desacompanhada, nem mesmo enquanto estão trabalhando. Fazem jus à fama rsss. Fiquei com tanta vergonha que até me esqueci de tirar foto!
Gostaria de ter ficado mais tempo aqui para explorar as trilhas e curtir mais a vibração de cada cidadezinha. E ainda tem Portofino, Portovenere… Isso significa que preciso voltar! Cinque Terre, me aguarde! Ciao bella!
As fotos só não saíram melhores porque a fotógrafa amadora aqui mexeu no ISO para tirar foto dentro do trem em movimento e se esqueceu de voltá-lo ao ISO 100. Olha aí mais um motivo para voltar!
Dica: pegue um mapa com as atrações de cada vilarejo no centro de informações turísticas dentro da estação de trem. É pequeno e simples, mas ajuda a orientar a nossa bússola.
Onde ficar em Milão
Com sofisticação
Mandarin Oriental Milan, localizado no coração da cidade, o hotel ocupa 4 elegantes edifícios do século 18 e mistura elementos do design milaneses e o luxo atemporal oriental. Veja os valores e reserve aqui.
Com conforto
Armani Hotel Milano fica no distrito da moda de Milão e leva a assinatura do renomado estilista.
Baglioni Hotel Carlton, numa mansão em estilo clássico, tem lustres murano e suítes decoradas com móveis italianos clássicos ou contemporâneos.
Com economia
Room Mate Giulia, um hotel boutique delicioso e acessível em Milão, com design da renomada designer Patricia Urquiola.
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Tags: Cinque Tere – Monterosso Al Mare – corniglia – vernazza – riomaggiore – manarola – La Spezia
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