Se você leu por aí que não há o que fazer em Mandalay, devo dizer que amei conhecer os principais templos da cidade e há sim muitas atrações em Mandalay. Belas, interessantes, culturais, históricas, diferentes e, sem dúvida, valem a visita.
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Planeje começar sua viagem a Mianmar por aqui. Mandalay é a cidade cultural e a segunda maior do país. Incontáveis templos e pagodes vêm sendo construídos desde o século XI, enfeitando os morros e marcando a linha do horizonte.
Contratamos um guia particular com automóvel para fazer o roteiro abaixo. Foi a decisão mais acertada porque economizamos tempo, aproveitamos para conhecer mais lugares na cidade e com relatos históricos e culturais, cansamos menos, descobrimos cantinhos secretos e não quebramos a cabeça para chegar nas atrações.
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Aqui descrevo nosso roteiro com as dicas de o que fazer em Mandalay, principais templos e algumas sugestões de horários de visita.
No primeiro dia nos concentramos na área central. Visitas ao Palácio real, ao mercado central e aos templos próximos.
No segundo dia, dedicamos mais tempo para conhecer as oficinas de artesanato e atrações mais distantes do centro de Mandalay, principais templos também, como o Mahamuni Buddha e o Sagaing Hill.
Se você tiver um terceiro dia disponível, pode se aventurar pelas cidades antigas do outro lado do rio.
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Dia 01 – O que fazer em Mandalay: principais templos
Índice das atrações:
1. Shwe in Bin Kyaung Monastery, para ver o cotidiano dos monges
2. Mercado Zey Cho, o mercado barato de Mandalay
3. Mandalay Golden Palace, a residência real de 114 cômodos
4. Shwenandaw Monastery, o melhor da arquitetura de Mianmar
5. Atumashi Kyaung, o templo incomparável
6. Kuthodaw Pagoda, o maior livro do mundo
7. Sandamuni Paya, o templo em homenagem o príncipe
8. Mandalay Hill, o melhor por do sol da cidade
9. Kyauk Taw Gyi Pagoda, o Templo Iluminado
Shwe in Bin Zyaung Monastery, para ver o cotidiano dos monges
Começamos o dia visitando este mosteiro, doado por um comerciante chinês de jade. Ele representa a típica arquitetura de Mianmar no século XIX.
Construído em madeira teca em 1858, toda a sua superfície está entalhada com motivos geométricos, imagens da história e ensinamentos de Buda. Balaustradas, cornijas, guarda-corpos esculpidos na madeira escura. Um livro a céu aberto.
Este mosteiro recebe poucas visitas e em seu entorno encontramos monges em frente às suas casas realizando atividades diárias, varrendo o chão, lavando seus robes, indo e vindo.
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Óimo lugar para fugir dos turistas e sentir a tranquilidade e o silêncio de como um mosteiro e templo devem ser.
Curiosidade: a madeira teca era de uso exclusivo das construções reais e monásticas até a invasão britânica no fim dos anos 1800. A população não podia usá-la sob risco de serem gravemente punidos.
Se você procura o que fazer em Mandalay que seja bem original e um tanto fora do roteiro turístico, esse é o seu lugar.
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Zey Cho Market, o mercado barato de Mandalay
Zey significa mercado no idioma deles e Cho, muito barato. Já dá pra imaginar o que encontrar lá, não é?
Bugigangas chinesas, sapatos, cobertores, cosméticos, tecidos e roupas locais, cada setor separado por produto. Uma 25 de março bem mais apertada em dois andares de um edifício enorme.
Do lado de fora, barracas de madeira e palha se estendem a perder de vista pelas ruas vendendo legumes, verduras, frutas, noodles de arroz e de feijão, thanaka (a massa bege que as mulheres passam no rosto) e betel (o tabaco mastigável local). Me assustei com carnes e peixes frescos e secos cobertos de moscas sem nenhum controle sanitário.
Absorva o máximo de informação que você conseguir: olhe as bicicletas com banquinho adicional onde se guardam as compras, mulheres caminhando com bacias de frutas e legumes na cabeça, homens com a boca vermelha de tanto mascar betel, tomando cuidado com as milhões de motocicletas que disputam o estreito espaço com os pedestres.
Na lista que eu separei sobre o que fazer em Mandalay, esta atração foi onde eu mais pude ver a rotina do povo local.
Mandalay Golden Palace, a residência real de 114 cômodos
Última residência real antes do domínio britânico, o palácio foi comissionado pelo Rei Mindon, responsável pela transferência da capital birmanesa para Mandalay.
Todo construído em madeira teca, está entalhado em praticamente sua superfície inteira. Infelizmente foi destruído durante a segunda guerra mundial em virtude da presença dos japoneses por aqui.
O palácio acabou sendo totalmente reconstruído, mas boa parte em alvenaria, perdendo muito de sua característica original.
Uma torre de observação e um prédio branco ao lado são os únicos remanescentes do bombardeio.
114 cômodos divididos em inúmeras edificações ocupam a área dentro do muro real todo em madeira teca. Aliás, há dois deles.
Um mais externo de tijolos cercado por um fosso delimita a área residencial de príncipes e princesas. Dizem que o rei teve mais de 60 esposas e incontáveis filhos.
Shwenandaw Monastery, o melhor da arquitetura de Mianmar
Sem dúvida o expoente máximo da arte de entalhes em madeira de Mianmar e principal templo de Mandalay. A história dele é interessante. Foi construído dentro dos limites do Palácio Real e funcionários exerciam atividades administrativas ali.
Quando o último monarca de Mianmar subiu ao trono após a morte de seu pai, o Rei Mindon (1854-1879), passou a usar o local como mosteiro. Muito dedicado ao budismo, realizava ali diariamente suas orações e meditações.
No ano seguinte, doou a edificação aos monges e passou a ser um mosteiro. Ele foi retirado do palácio e remontado nas proximidades, mas fora dos limites do muro real.
Essa é a razão dele não ter a arquitetura típica de monastério.
Transferi-lo de local foi a decisão mais acertada que tiveram. Durante a Segunda Guerra Mundial, o palácio foi bombardeado e ele não foi atacado. Graças a isso, hoje podemos nos maravilhar com sua beleza estética e artística. Um destaque da viagem a Mandalay.
Atumashi Kyaung, o templo incomparável do Sudeste Asiático
Ao lado do Mosteiro Shwenandaw, este templo foi uma das últimas obras do Rei Mindon. Chamou a atenção pela arquitetura fora do padrão típico de telhados múltiplos e espirais pyatthat. Era considerada a construção religiosa mais admirável do Sudeste Asiático, mas ficou totalmente destruído após um incêndio em 1890.
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Reconstruído em 1990 por prisioneiros sob a responsabilidade do departamento de arqueologia nacional, dizem que não reflete nem de longe sua grandiosidade original. Folhas de ouro cobriam inteiramente seu interior.
O templo está sobre uma plataforma e uma grande escada cerimonial leva ao primeiro dos cinco terraços em forma piramidal. Só então me dei conta da sua beleza.
Portas ladeadas de estuque amarelo intenso em toda a extensão contrastam com o branco da parede externa nos quatro lados.
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O buda que habita o interior do templo ostentava um grande diamante em seu terceiro olho, que desapareceu misteriosamente após a invasão britânica, assim como outros tesouros guardados ali.
Vale a pena gastar uns 15 a 20 minutos o explorando.
Kuthodaw Pagoda, o maior livro do mundo
Denominado o maior livro do mundo, a pagoda Kuthodaw está instalada aos pés da Colina de Mandalay.
Em 1221 o Rei Mindon mandou construir a pagoda para acumular méritos para as próximas gerações, segundo o Budismo. Ensinamentos budistas foram entalhados em 729 lajes de mármore de 1,52m de altura e 1 de largura nas duas faces.
As letras foram cobertas de folhas de ouro. Para cada placa foi erguido um altar fechado, todos brancos, cobertos com sombrinhas douradas doadas pela população.
Minha impressão ao caminhar entre eles é estar em um mar de pagodas, separadas simetricamente.
No pátio central, uma pagoda dourada de 57m de altura, inspirada na Shwezigon em Bagan, se destaca no meio de tanto branco.
Preste atenção nas representações de divindades e animais da mitologia hindu no portão de entrada e ao lado da pagoda dourada.
Durante a invasão britânica no país, o exército britânico usou o local como guarnição. Vandalizaram o complexo, roubaram joias, pedras preciosas e ouro que ali existiam e removeram todo o ouro das escrituras nas 729 lajes.
Quando os britânicos deixaram a área, a população se uniu para restaurar a pagoda. Mas, dessa vez, as letras foram pintadas de tinta preta em vez do ouro.
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Curiosidade: dizem que se empilhar todas as lajes, chega-se à altura de um prédio de 24 andares. E para ler todos os textos inscritos, o fiel levaria seis meses inteiros. Mas os locais não conseguem entendê-los porque estão no idioma pali, uma língua indiana.
Para mim, um dos pontos altos de o que fazer em Mandalay pela originalidade da construção.
Sandamuni Paya, o templo em homenagem ao príncipe
Vizinho a Kuthodaw, esta pagoda foi construída no fim dos anos 1800 em memória ao príncipe herdeiro do Rei Mindon, assassinado por dois irmãos mais novos que cobiçavam o trono.
Sandamuni é conhecida por ter a maior imagem de Buda em ferro em Mianmar, 18,5 toneladas do minério folheadas a ouro. Atrás, a grande estupa dourada fica no centro do complexo.
Assim como Kuthodaw, Sandamani também possui lajes em mármore com ensinamentos budistas entalhados, mas dessa vez, no idioma de Mianmar. Foram necessárias 1774 placas para imprimir o texto traduzido.
Aqui os altares que guardam e protegem as lajes estão mais próximos um do outro, com pouco espaço para caminhar entre eles.
No entanto, a plataforma por onde andamos nos permite apreciar a vista do alto, no nível do topo dos altares. Rende ótimas fotos.
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Mandalay Hill, o melhor por do sol da cidade
A Colina de Mandalay se destaca no horizonte plano e é dela que a cidade herdou seu nome. De praticamente qualquer lugar, podemos avistá-la coberta de vegetação entremeada por pagodas e mosteiros.
Local de peregrinação budista, lá em cima fica a Sutaungpyei Pagoda, um complexo de estupas, templo e altares em mosaicos coloridos e espelhados.
Este é o melhor ponto para apreciar a vista panorâmica 360º da cidade e lota durante o por do sol. Uma das top atrações sobre o que fazer em Mandalay.
Repare que o lugar é igualmente popular entre turistas e moradores locais. Muitos desses, inclusive monges, aproveitam o momento para interagir com os estrangeiros e praticar inglês. Entre as atividades de o que fazer em Mandalay, ests é a mais disputada.
Daqui do alto em dias claros e fora do período de seca, quando a poeira suspensa no ar nos impede de enxergar longe, dá para ver as cidades antigas vizinhas, o rio Yrrawaddy e as atrações visitadas durante o dia.
Alguns turistas optam por subir a colina a pé. A caminhada morro acima dura cerca de meia hora pelo lado norte ou metade do tempo pelo oeste. A menos que você queira se exercitar, recomendo ir de carro, porque a vista bonita é lá de cima.
Um elevador ou escadas rolantes ajudam na subida do último trecho até o templo.
Kyauk Taw Gyi Pagoda, o Templo Iluminado
Procurando o que fazer em Mandalay à noite? A Kyauk Taw Gyi Pagoda é a boa pedida.
Depois do por do sol, na descida do Mandalay Hill, pare nesse templo que excepcionalmente fica aberto até às 22h. O motivo: luzes coloridas iluminam todo o seu contorno, paredes e colunas verdes e douradas, oferecendo uma experiência diferente para uma agenda repleta de templos.
Os mosaicos feitos de espelho refletem as luzes e proporcionam um efeito ainda mais bonito à medida que você caminha pelos corredores. Meus olhos arregalaram.
No altar, um buda sentado enorme foi esculpido em um único bloco de mármore verde claro extraído de uma pedreira em Sagyin, a 19km do local. Mais de 10 mil homens foram usados para transportar o bloco ao longo de 13 dias. A outra versão afirma que esses homens construíram um canal para trazê-lo da pedreira.
Dizem que o plano original era construí-lo parecido com o Ananda Temple em Bagan. Porém, por causa de uma rebelião durante a construção, o edifício só foi concluído 7 anos depois e a estrutura em nada se parece com o Ananda.
Se você visitar em outubro, poderá participar do tradicional festival da pagoda, que celebra o aniversário do templo. Ah, ele também foi comissionado pelo mesmo Rei Mindon.
Você tem dicas sobre o que fazer em Mandalay, principais templos, que considera imperdível? Conte para nós!
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Tags: atrações em Mandalay, Mianmar – o que fazer em Mandalay – turismo em Mandalay, Myanmar –
Foto de capa Angela Manta.
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