Bar Candeeiro, Laércio Zulu, Foto Fernando Gomes

Bar Candeeiro, restaurante em São Paulo traz cachaças artesanais

Recém-inaugurado no bairro dos Jardins em São Paulo, o Candeeiro é um bar-restaurante do Grupo Antonietta  que transborda brasilidade em todos os seus cantinhos, trazendo a cachaça como estrela da carta de bebidas com criações exclusivas de Laércio Zulu, sócio-proprietário da casa, eleito o melhor bartender do Brasil no concorrido concurso Diageo World Class em 2014 e um dos 50 melhores do mundo.

ATUALIZAÇÃO: Candeeiro encerrou suas atividades para dar espaço à segunda casa do renomado restaurante italiano Antonieta Cucina.

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Bar Candeeiro, restaurante brasileiro nos Jardins em São Paulo. Foto Adriana Lage
Bar Candeeiro, restaurante brasileiro nos Jardins em São Paulo. Foto Adriana Lage

Bar Candeeiro, restaurante em São Paulo traz cachaças artesanais

O caminho da cachaça na decoração do Bar Candeeiro

Instalado numa casa aconchegante inspirada nas residências litorâneas de Paraty com traços mineiros e paredes com pinturas tropicais incluindo uma linda baiana que nos recebe na entrada, o restaurante dialoga com a cachaça até na decoração, porque estas eram regiões onde o destilado era produzido e comercializado, informação que eu descobri numa longa tarde de conversa que passei na companhia de Zulu, para entender por que a paixão pela bebida brasileira.

Sentados no bar milimetricamente calculado segundo os padrões dos 50 melhores bares do mundo, com janelão que se abre para a varanda sombreada de uma mangueira centenária, Zulu me conta sua trajetória profissional desde o primeiro curso de barman quando aprendeu a misturar os drinks tradicionais até hoje, dez anos depois, realizado com a abertura da sua casa.

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A coquetelaria autoral de Zulu

Após dominar a mistura tradicional, Zulu decidiu trilhar seu caminho e elaborar receitas próprias à base de cachaça, trazendo ingredientes tipicamente brasileiros que fizeram parte de sua infância. Ervas, frutas do sertão, cascas de árvores são alguns dos itens presentes em suas criações e ele mesmo elabora suas matérias-primas – xaropes, geleias, infusões e bitters para compor as combinações. “Eu não gosto de bebida forte no álcool, tem que ter equilíbrio, pra você sentir o gosto da cachaça mas ficar bem, sentir o aroma, a picância ou o frescor de cada elemento que compõe o drink”, conta.

As cachaças presentes no bar são escolhidas criteriosamente. “A qualidade do produto final não é suficiente, só trabalhamos com destilarias com controle de origem, que respeitam todos os processos desde a colheita e, acima de tudo, os funcionários. Eu visitei a maioria delas e não trabalho com fazendas que exploram pessoas, porque infelizmente ainda existe escravidão no Brasil˜, revela Zulu.

“A cachaça é a bebida originalmente brasileira e está intrinsecamente ligada à História do Brasil desde seu descobrimento. As possibilidades de envelhecimento em madeiras nativas e o processo de destilação surpreendem, é uma verdadeira arte, fascinante”, acrescenta.

Bartender Zulu no seu bar restaurante Candeeiro. Foto Adriana Lage
Zulu no seu bar restaurante Candeeiro. Foto Adriana Lage

O Banzeiro é sua invenção mais famosa, encomendado para a comemoração dos 50 anos do Terraço Itália, atualmente presente nos menus de alguns bares seletos no Brasil, e um dos carros chefes do Candeeiro. A receita leva cachaça Weber Haus amburana, limão, xarope de açúcar, vinho tinto e espuma de gengibre (R$ 27,00). “O primeiro gole tem que ser maior, para você sentir todos os ingredientes”, instrui o mestre.

Banzeiro, o drink de cachaça do bartender Zulu. Foto Adriana Lage
Banzeiro, o famoso drink de cachaça de Zulu. Foto Adriana Lage

Mais frutado, Maria Bonita é super leve, feito com cachaça Leblon, cozido de maracujá com casca de cajueiro, óleo Saccharum de laranja com amburana e abacaxi – estes dois últimos ingredientes feitos artesanalmente por Zulu (R$ 27,00). Meu favorito até agora. (foto do Insta abaixo)

Pra finalizar, provei o Eita, baiana! com Tequila Sauza Blue reposado, creme de coco e geleia de pimentão verde com maracujá (R$ 28,00), mais seco e bastante refrescante.

Eita baiana!, coquetel de tequila no Bar Candeeiro. Foto Adriana Lage
Eita baiana!, coquetel de tequila no Bar Candeeiro. Foto Adriana Lage
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Culinária com alma e sabores brasileiros

Aqui é o lugar para as pessoas se sentirem acolhidas na casa de um amigo, para jogar conversa fora tomando um drink de primeira acompanhado de petiscos e comidinhas da culinária brasileira autêntica, tudo muito simples, mas com muito sabor. “Sabemos a origem de nossos produtos, trazidos de pequenos produtores. Aqui valorizamos a nossa cultura, nossa raíz, investimos na qualidade dos ingredientes e no esmero das composições”, conta Zulu.

Por mais carimbada que seja a expressão, será difícil escolher o que provar do menu. Você encontra caldinho de feijão na caneca com torresmo, bolinho de arroz com queijo da Serra da Canastra, pastel misto, provolone à milanesa e croquete de costela.

As manjubinhas fritas subiram a serra e são servidas bem crocantes empanadas com fubá de milho e uma variedade de pimentas. A coxinha caipira feita com mandioquinha dá água na boca só de lembrar e o bolinho de barreado faz a releitura do prato típico paranaense, crocante por fora e insuportavelmente cremoso por dentro. Você vai sonhar com ele.

E, lógico, como toda casa de baiano, não podia faltar o acarajé. Os pratos variam de R$13,00 a R$ 26,00.

Acarajé no Bar Candeeiro, restaurante brasileiro nos Jardins. Foto Adriana Lage
Em casa de baiano, a presença do acarajé é garantida! Foto Adriana Lage

Picadinho de filé, escondidinho de carne seca, costela de boi e moqueca de camarão são algumas opções para matar a saudade da casa da mãe ou da avó (R$ 31,00 a R$ 52,00).

Aberto todos os dias, o Bar Candeeiro recebe mais movimento aos fins de tarde para happy hour que se estende até tarde. “Eu não tenho hora pra fechar, se as pessoas estão bem, confortáveis, descontraindo, fico conversando com elas. Outro dia fechei 3h, de boa, batendo papo com cliente”, confidencia ele.

Durante a semana, o local serve PF no almoço para quem deseja comer bem e rápido a preços acessíveis, entre eles vaca atolada, baião de dois e virado à paulista (R$ 34,00 a R$ 39,00). Aos sábados, o Candeeiro lota as mesas de clientes em busca de saborear o prato brasileiro mais famoso do mundo, nossa boa e velha feijoada ao som de chorinho ao vivo até as 18h.

Manjubinhas no cardápio de petiscos do Bar Candeeiro. Foto Adriana Lage
Manjubinhas sequinhas por fora e macias por dentro no cardápio de petiscos. Foto Adriana Lage
Arte brasileira no Candeeiro Bar. Foto Adriana Lage
Arte brasileira no Candeeiro Bar. Foto Adriana Lage

O Bar Candeeiro tem a alma de Zulu, leve e descontraído, um lugar pra prosear após o expediente, levar a família para a feijoada no sábado e voltar sempre. Tudo pensado e produzido com muito esmero, carinho e qualidade. “Aqui não é um restaurante brasileiro, é o Candeeiro, aqui tem voz!”, diz Zulu com propriedade.

Já voltei com minha mãe para provar a feijoada. Assista ao vídeo acima!

Bartender Zulu no seu bar restaurante Candeeiro. Foto Adriana Lage
Candeeiro é lugar para se sentir em casa de amigo, na companhia de Zulu.
Roda de choro com Cello Choro no Candeeiro. Foto Angela Manta
Roda de choro com Cello Choro no Candeeiro. Foto Angela Manta
BAR CANDEEIRO

Rua Dr. Melo Alves, 205, Cerqueira César, São Paulo, SP
Fone: (11) 3086-4774
Horário: Segunda a sexta, das 11h às 16h e das 18h à 1h; Sábados e domingo das 12h à 1h

Feijoada no Candeeiro Bar. Foto Adriana Lage
Feijoada no Candeeiro Bar. Foto Adriana Lage
Asavesso, drink com cachaça by Laércio Zulu. Foto Adriana Lage
Asavesso, drink com cachaça by Laércio Zulu. Foto Adriana Lage

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Foto de capa Fernando Gomes.

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